Para circular sem restrições nos principais mercados internacionais, os produtos elétricos e eletrônicos, hoje englobados dentro do universo da “eletrotecnologia”, devem atender necessariamente a um rigoroso e complexo conjunto de normas técnicas. E isso vale para itens como celulares, eletrodomésticos em geral, motores, computadores, materiais elétricos de instalação, equipamentos para geração, transmissão e distribuição de energia, produtos e serviços para atmosferas explosivas, além de um elenco numeroso de outros itens.
As normas podem, por exemplo, definir especificações que visem aumentar a segurança dos equipamentos e reduzir a possibilidade de acidentes prejudiciais à saúde de seus usuários. Outra finalidade pode ser a de criar parâmetros que permitam a integração entre diferentes sistemas. Há normas focadas na proteção ao meio ambiente, e outras que estabelecem parâmetros de qualidade ou de eficiência energética.
No universo da eletrotecnologia, a sigla IEC, de International Electrotechnical Commission ou Comissão Eletrotécnica Internacional, aparece em primeiro lugar quando o tema é norma técnica. A entidade, que completou 105 anos em 2011, responde pela elaboração, revisão e publicação de normas técnicas aplicadas nos principais mercados mundiais. Sua área de atuação estende-se para todas as eletrotecnologias, envolvendo dispositivos e sistemas elétricos, eletrônicos, eletromagnéticos, eletroacústicos, multimídia, telecomunicações, produção e distribuição de energia, entre outros.
A IEC exerce também um papel de tradutora de normas e termos técnicos. Em 1983, editou o Vocabulário Eletrotécnico Internacional, hoje conhecido como “Eletropedia”, criado para unificar a terminologia técnica. Em 2005, editou o Dicionário Poliglota, que traz 19 mil definições para termos eletrotécnicos em francês e em inglês – com versões também para outras 13 línguas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário